Presidente do Grupo de Mídia do Rio e diretor da Mídia1, Antonio Jorge Alaby Pinheiro também deu seu depoimento à Janela sobre como viu 2023 e o que espera do ano que está chegando.
2023 foi o ano do freio de arrumação do mercado publicitário.
Depois de dois anos de pandemia, quando tanta coisa mudou na forma de o mercado operar, adotando o home-office, reduzindo equipes e investindo em novas tecnologias, vimos em 2023 as empresas e as entidades do setor buscando olhar para seus próprios umbigos, conversar muito, e entender como será a publicidade daqui pra frente.
Tivemos exemplos notáveis, como o do CENP, que soube se reavaliar e deixar de ser um Conselho de Normas Padrão para se assumir como Fórum da Autorregulação do Mercado. Perceber que estamos em constante mudança é um excelente exemplo para todas as nossas entidades.
E isso ficou muito claro também na área de mídia.
Não por acaso, o Grupo de Mídia do Rio de Janeiro vai intensificar, em 2024, um processo que já iniciamos de ouvir profissionais do Rio e de São Paulo para podermos levar, tanto aos clientes, quanto aos veículos, as questões que precisam ser corrigidas daqui pra frente.
Entre elas, o impacto da tecnologia.
A mídia foi um dos primeiros departamentos das agências de propaganda a perceber os benefícios da tecnologia, adotando já os primeiros computadores em seus processos de planejamento.
Só que a gente sempre percebeu que isso nunca bastou. Mídia tem que entender de gente. Entender os hábitos dos consumidores, para podermos levar até eles a comunicação dos produtos dos nossos anunciantes.
O que não dá é para achar que tudo se resolve só com a tecnologia e, eventualmente, abrir mão das pessoas nas empresas para tocar a comunicação.
Tecnologia é para facilitar, servir às pessoas, não substituí-las.
Percebemos que os processos mudaram em todos os players do mercado. Por isso precisamos tomar muito cuidado para não parecer que, em problemas que possam estar acontecendo, a culpa seja única e exclusivamente do lado das agências.
Entender ainda mais as dificuldades do dia a dia, na nova realidade do mercado, é a principal meta do Grupo de Mídia do Rio para o ano que entra.
Márcio, desculpe.
Acabei enviando o texto incompleto, apesar de correto.
A questão importante é que a tecnologia substituiu os trabalhos repetitivos e com pouca criatividade. Será que a propaganda ficou assim? Pouco criativa, repetitiva, mecânica? Em alguns casos pode se dizer que sim.
Basta olhar para os carros nas ruas e ver todos iguais, seguindo a mesma tendência a mesma pesquisa, a mesma orientação. Os designs Italianos agora fazem o que as pesquisas orientam. A programação de mídia se baseia em volume. Se você acompanha uma série que não seja por demanda, são 4 ou 5 intervalos mostrando a mesma sequencia repetida de anúncios. Onde andam os bombons no meio dos classificados e outras tantas inovações que a publicidade trouxe? Não foi a tecnologia que superou a criatividade. Foi a extrema orientação da pesquisa que está matando toda a publicidade.
Enquanto a tecnologia substituiu operários em fábricas, secretarias em escritórios e caixas de banco nas agências ninguém não havia surpresa. Eram trabalhos menos importantes e a substituição reduzia custos que eram convertidos em redução de preços e aumento de lucros. (Ênfase na segunda opção.)
Agora estão começando a substituir o resto da turma.
É muito interessante ver a reação quando a água bate na bunda. Kkkkk
A propósito, a substituição do caixas de banco foi benéfica para a sociedade em todos os pontos.